Uma boa
imagem, ótima conduta, postura adequada. Esse conjunto é essencial para
transmitir e garantir uma boa impressão. Já não é de hoje que tenho notado uma
forte negligência na postura das pessoas em reuniões, especialmente
corporativas. Aprendi desde cedo que toda reunião oferece uma grande
oportunidade para nos posicionarmos perante a sociedade direta, aquela que nos
rodeia e que pode sim influenciar em nossas carreiras.
Tantos anos de empreendedorismo, quase três décadas, serviram
para ser também mais crítico neste ponto. Sempre tive em mente que estar
somente presente, fisicamente, em uma reunião não significa diretamente ter
participado dela. Para toda reunião, desde seu momento informal no qual
comentamos alguns assuntos cotidianos, até darmos de fato início, precisamos
estar preparados, aptos para atuar com presença marcante e bem vista. Fazendo
uma analogia, seria como se estivéssemos em um campo de batalha onde tudo
passa a ser importante.
Nosso comportamento, independente da reunião, deve ser focado,
atento e disciplinado. Trata-se de uma arena onde os olhares correm com velocidade
e captam as mínimas nuances dos movimentos. A vestimenta, a forma de se sentar,
as anotações feitas, intervenções com perguntas ou sugestões, até a forma de
apoiar os braços sobre a mesa, tudo dá indícios sobre a importância que é dada
àquele momento. A neurolinguística apresenta esta situação com exigência em
livros como O corpo fala ou Desvendando os segredos da linguagem corporal.
Já vi situações deprimentes, que muitas vezes passam totalmente
despercebidas pelos protagonistas como, por exemplo, roer unhas, apoiar os
cotovelos na mesa com as mãos no queixo, não prestar atenção àquela pessoa que
está com a palavra e, sem falar, no péssimo hábito do momento de ficar checando
o celular ou atendê-lo no meio da reunião. Tudo isso, além de ser uma grande
falta de postura, dispersa o grupo e o assunto da reunião. Uma pessoa mexendo
no celular acaba despertando nos outros a mesma necessidade – “Preciso checar
meu e-mail”. O mesmo acontece quando há um indivíduo na sala que fica inquieto,
não para de se mexer e a todo o momento consulta o relógio, ansioso pelo final
do encontro.
Penso, também, que não há reunião livre, ou seja, informal,
afinal, praticamente todas envolvem líderes, possíveis futuros diretores ou
gerentes, clientes ou prospects. Contudo, a disciplina e postura em um momento
como este devem ser iguais, independente da hierarquia.
Ser ou estar. Faça sempre esta pergunta a você mesmo antes de
entrar em uma sala de reunião e procure transformar todas elas em uma grande
possibilidade de novas percepções sobre as suas competências, posturas e
habilidades. Claro, encare esses encontros como oportunidades de aprendizado.
Sempre há algo novo a ser visto e aprendido com as outras pessoas, até mesmo
quanto ao que nunca se deve fazer.
Depois deste pensamento e reflexão, tenha uma boa reunião!
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